Juízo do Juiz

4/30/2005

Controlling my feelings for too long...

And forcing our darkest souls to unfold and pushing us into self-destruction, and they make me dream your dreams, and they make me scream your screams. Trying to please you for too long, visions of greed you wallow, rhythms of greed you wallow.

O que é simples é belo, como o pôr-do-sol, num final de tarde com poucas nuvens, altas, num manto côr-de-rosa. Gostaria de saber pintá-lo com a tua singela ajuda,a preto e branco em mil tons, sem sentir o travo amargo da solidão, mas é só mais um dia mau...


Porque temos dificuldade em simplificar as coisas? Porquê esta forte necessidade de adornar tudo com floreados superflúos, quando a genialidade anda de mão dada com a simplicidade?

4/26/2005

Smoke chains tie me up

So sabemos o que eles querem que saibamos, no entanto sonhamos. A nossa liberdade acaba onde começa a do outro, mas se a d'ele for maior a nossa é necessariamente mais pequena... Lanço-vos o debate sobre a questão do fumo (de tabaco) em locais públicos.

Esta é uma questão complexa que nos leva para os domínios da saúde pública, mas eu não quero entrar por aí, queria antes, analizar o problema à luz da liberdade de cada um. Se por um lado é verdade que um não-fumador não tenha que ser obrigado a levar com o fumo alheio, não é menos verdade que o fumador também gosta de fumar. A questão é hipócrita, e se realmente quisessem acabar com o caso de uma vez por todas deviam proibir o consumo de tabaco. Para mim a solução passa, não pela simples proibição de fumar em qualquer recinto público fechado, mas sim pela divisão conveniente de espaços de fumadores e não fumadores, em bares, restaurantes, cafés, discotecas, etc... E vocês dizem "mas em alguns sitios já há zonas distintas!" e eu contraponho que na realidade essas zonas nao apresentam qualquer divisão em termos de espaço físico,sendo o ar o mesmo, logo não servindo de grande coisa. Uma solução podia ser, os lugares para fumadores serem separados por uma espécie de vidro, até ao tecto, dos sitios para não fumadores, e o local em questão apresentar uma boa ventilação e uma eficaz renovação do ar, fazendo com que o pouco fumo que vá para o sitio dos não fumadores seja rapidamente engolido pelo sistema de ventilação. Este parece-me ser um sistema eficaz, evitando assim com que os fumadores tenham menos liberdade que os não fumadores, não podendo fumar em lugar (fechado) nenhum, é que não mete muita graça estra num restaurante a jantar, e depois de comer, não poder beber o café e fumar, confortavelmente, o seu cigarrinho, sentadinho e ter que ir para a rua (no inverno à chuva e ao frio) para "matar o vício"...



4/22/2005

Graci, prego...

Sete da manhã, estou parado, ainda meio adormecido, no átrio do aeroporto da Portela, de mochila às costas, à espera que apareça o marido de uma colega da minha mãe… Vamos os dois para Veneza, eu vou ter com a minha mãe, ele vai ter com a sua esposa, fazem cinco (?) anos de casados, sabê-lo-ei mais tarde nesse dia, por enquanto espero… Não há grandes pressas, o meu check-in foi feito no dia anterior, por ele, que também é funcionário TAP. Ele, de nome António, Tó, para os amigos e não só, explica que estava a chegar ao aeroporto reparou que não trazia o bilhete, ao que teve que voltar a casa, chegando assim um pouco atrasado ao nosso rendez-vous.
Passamos ao raio x, e fomos para o lounge de embarque.

O avião espera pacientemente pela sua vez de se fazer à pista, estão ainda dois ou três à sua frente… Pouco tempo depois, os motores começam a roncar fortemente, “Atenção tripulação, descolagem”, ouve-se dos altifalantes, com um timbre metálico, e aí vamos nós, o céu é o limite…

“Atenção tripulação, portas em Disarmed”, é o sinal que as portas do avião estão abertas, e podemos começar a sair. Mal ponho o pé fora do avião, reparo logo que algo é diferente, e esse algo são as mulheres, estão todas pintadas, produzidas, giras… Reparo também que há pizas e massas em praticamente todos os restaurantes, o que é muito bom e me agrada muito, mas as mulheres agradam-me mais.

Estou no aeroporto, à espera da minha mãe…já almocei, no restaurante do aeroporto, comi pasta al fumo, que era macarrão com natas e com bacon, mas não confundam com carbonara, porque não tem nada a ver. São perto das três da tarde, eu aterrei aqui por volta do meio-dia…. A minha mãe disse que ia estar despachada por volta das duas, mas o tempo flúi rapidamente para as quatro e não há meio de ela, nós, nos despacharmos… Já tenho fome outra vez, afinal de contas almocei pouco antes da uma e já são quatro e meia, é hora de lanchar, e eu ainda preso no aeroporto Marco Polo. Vou inocentemente ao café, à procura de um bolinho para matar a fome, mas lá só encontro sandes e fritos e pizas calzones, ao que me rendo a uma. Tenho que comprar tabaco, porque estupidamente não comprei em Portugal, ou seja, vai me sair do bolso… “Uno…Marlboro”, digo eu numa tentativa de falar Italiano, ela diz-me o preço, caem-me os colhões… pagar três euros e sessenta ou que foi, por um reles maço de tabaco? Ainda por cima não se pode fumar em lado nenhum, a não ser na puta da rua, ao frio e à chuva…mas as gajas, valem a pena o esforço…

São cinco e pouco, vamos apanhar um táxi para o hotel, finalmente vou sair do aeroporto, que ainda por cima é pequeno, é para aí do tamanho da minha casa, sem exagero, e já o conheço de trás para a frente. O taxista tem para aí 3 anos, e não percebe um cu de inglês, e nós não percebemos um cu de italiano… A viagem é feita pelo meio da cidade continental, porque a auto-estrada está congestionada, o problema é que os táxis são caros pa caralho, mas para nós é a única maneira de ir do hotel para o aeroporto, e do hotel para a cidade, há um shuttle, mas acaba às seis e meia da tarde, a partir do hotel, e às sete da tarde, a partir de Veneza. Nós queremos apanhar esse último que parte do hotel às seis e meia, mas o trânsito que apanhamos na localidade (ou cidade) de Mestre, põe o nosso plano em risco, e tentar perguntar coisas ao taxista, é impossível… Os italianos também conduzem de uma forma muito engraçada, e isto dito por um português ainda mete mais piada, mas basicamente para eles não há prioridades, stops, passadeiras de peões, nada, é sempre a abrir. Chegamos ao NuovoHotel, em Mestre, e ainda há tempo para nos irmos arranjar, descansar uns minutinhos e apanharmos a navete, para a cidade de Veneza.

To be continued…

4/19/2005

Habemos Papam

Hoje, como já devem ter reparado, os Cardeais no Vaticano, elegeram o novo Papa.
O Papa eleito foi Joseph Ratzinger (Alemanha), aquele que ao que sei andou a fazer uma campanha para votarem nele.
Esta forma de propaganda faz-me recordar uma eleição politica, mas sem aquela chaminé apaneleirada a anunciar o vencedor.
Sim, eu disse vencedor deliberadamente, pois o pessoal estava todo a "puxar" pelo José Policarpo, Póli para os amigos,quando na recta da meta ali quem vai para a Sistina tropeçou no vento e partiu uma perna, sendo desta forma ultrapassado pelo veterano Ratzinger, de 78 anos, que ainda o ano passado ganhou a prova mais importante dos 100 metros barreiras.
Pessoalmente julgo importante a eleição de Ratzinger, Ratz (para os amigos) para Papa, devido ao estigma ainda hoje bem vivo na memória de todos do holocausto nazi.
Agora, 78 anos?!?!
Ratz desculpa dizer-te isto, não sei se vais aquecer o lugar.
É que segundo a experança média de vida já estás a dever alguns anos. Andas a esticar a corda, mas lembra-te que a sorte não dura para sempre...enfim.
Eram umas quatro e tal, cinco e tal, quando se juntou o maior grupo de parolos que eu já vi a olhar para uma merda de uma chaminé esguia, a deitar fumo.
É que parecia mesmo que estavam a olhar para a minha pila, pelo menos o olhar de felicidade era o mesmo.
O que as pessoas não sabem, ou a maioria menos atenta desconhece, é o facto de que uns miseros pedaços de papel de voto a queimar, não fazem fumo para uma hora.
Passo a explicar.
Os dois primeiros minutos, foram na realidade o fumo resultante da queima dos votos, mas as outras noventa mil horas, não me lixem, vieram directamente do que até ai se julgava ser um mito: o hiper-bongo do Vaticano.
O hiper-bongo do Vaticano é um Pipe gigante, com cento e tal bocais, onde todos fumam do bom e do melhor e do que se trás de cada país representado no Vaticano, tudo para comemorar a eleição do novo "homem-que-coça-as-bolas-e-é-adorado-por-milhões".
Segundo fontes altamente secretas, Ratz, após snifar um balde de coca deu um linguado ao Póli e apalpou-lhe a nádega esquerda. (Esta informação acaba de ser confirmada pela agência LUSA).

Ratz peço-te imensa desculpa mas vou ter que recusar o convite para a festa de esta noite em homenagem a ti, no Vaticano, mas amanha tenho que me levantar cedo, senão ia.
Para te compensar, depois pago-te uns shot's e uma noite com uma brasileira, daquelas que tu tanto gostas de montar.
Boa sorte Ratz e não te esqueças de mim quando limparem os vestigios de coca.

Um abraço deste teu companheiro de ramboia.

4/15/2005

Faço-vos este post...

a partir de Veneza... Isto aqui é muito fixe, e o Hotel de onde vos estou a escrever tem net de borla, e playstation 2 também, apesar desta ultima 'tar no estaleiro. Isto nao tem acentos, sò alguns, mas nao é por isso que escrevo com erros e sem acentos, isso é um estilo meu... Que vos posso dizer disto? Gajas.... pa....indiscritivel....sitio? muito bom... Comida?....Great, apenas com um senao, as doses das pastas sao "normais/pouco", mas as pizzas sao hiper familiares, e metem telepizzas e pizzashuts e mais num cantinho, bem longe....Epa, mas as gajas é que.....Vou bazar amanha, e depois com mais calma vos descreverei esta minha aventura em terras de gajas boas, do principio ao fim... Ciau, bambinos!!!!!

4/14/2005

Nada

Reflito e encafuo-me nos meus pensamentos confusos.
A impaciência inquieta-me de uma forma um pouco estranha.
Hoje devia ter sido á alguns anos atrás, e por isso, eu lamento-me. Entristesse-me pensar que estou errado, ainda que esteja certo.
As nuvens tapam toda a superficie inferior do céu, mas isso é apenas uma das muitas coisas que estao a acontecer, outras há que também estao a mudar até se tornarem irreconheciveis, até ás próprias.
Mas que raio estou eu aqui a tentar transparecer?!
Só queria era ser como um reles animal selvagem, que apenas pertence a ele próprio e á natureza. Caçar, acasalar e dormir. Não percisam de muita para além destes 3 conceitos.
Confesso que tenho muitas saudades de ser assim.
Lá fora a noite ainda é uma criança, para gajos como o bibi, mas para outros está a começar mais um ciclo de magia que só vai acabar quando os primeiros raios brotarem da esfera vermelha e fizerem terminar a ilusão.
E eu vou divagando e dispersando nas palavras como um vagabundo pelas ruas velhas de Lisboa velha e não vou dizendo mais do que nada. Nada é a palavra chave para um pensamento filosófico. Nada é uma resposta plausivel e aceitavel. Nada é a terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo nadar.

Quando nasci
abri os olhos e vi-te
estavas de costas
e
fodi-te.

4/13/2005

Se Realmente Pudesse Tudo o que Quero

Se realmente pudesse tudo o que quero
A luz não me traria dor
E o frio não queimaria.
Não ia ter pavor de uma esperança
E a certeza superava o pensamento.
Seria, aí, capaz de recolher o bem
E recolher-me:
Espalhada, a adorar aquilo
Que o desejo torna
Mais alto que o céu.
Seria, aí, capaz de acreditar,
Olhar p’ra luz de olhos bem abertos
Mesmo que as lágrimas escorressem sem parar
Até que todo o bem pudesse ser meu
E qualquer coisa apertasse o coração
Até eu ter vontade de gritar.
E um toque, mesmo certo e premeditado,
Não teria medo de se repetir
Pois não encontraria a monotonia
E não se perderia numa marcação.
Prefiro não saber nada e acreditar no escuro.
Imaginar a luz só por sentir calor
E ler toda a verdade
Tocando só a superfície.

E' Sò Viver e Fingir Que è Assim Mesmo...

Ainda puoco a vontade nesse meio, gostava de fazer uma observaçao sobre um pensamento que me visitou fatalmente este fim de semana e desde entao se instalou permanentemente entre as minhas convicçoes.
O problema è um sò. Independentemente da real diferença que existe entre os lugares onde vivemos e que frequentamos, independentemente da simpatia ou interesse das pessoas que temos a nossa volta e das nossas actividades, independentemente da objectiva maldade, bondade e outras qualidades igualamente rascas das pessoas com quem temos relaçoes amorosas, nao existe nehuma prova pratica de nenhuma das caracteristicas que nos gostamos tanto de distinguir e organizar. Elas simplesmente sao irrelevantes. Sem funçao propria na realidade. Deveriam ser consideradas muito menos de um juizo: mas sò imaginaçao, fantasia, delirio.
A situaçao è na realidade è bem simples. Qualquer seja o lugar onde vivemos, vamos sentir-nos menos em cas do que no anterior. Qualquer que seja a mudança que alcançamos na nossa vida, as alegrias provenientes dessa mudança vao-nos trazer sempre menos alegria "fisica" dos momentos alegres da situaçao anterior. E finalmente, o pior: cada novo amor, por quanto nos alivie dos desastres do passado, por quanto nos cure das inseguranças do anterior, por quanto pareça sempre mais do que os outros aquele para que toda a nossa vida nos guiou, vai sempre ser amado menos do que os outros.
Nao ha melhor ou pior, e se houvesse, nunca poderiamos ser nos a manipular a nossa felicidade em funçao disso. E' muito mais simples. E'-se sempre menos feliz, e ama-se sempre menos.
Qual è a conclusao que tiro disso? Nenhuma. Como sebreviver sabendo que nos gastamos dentro muito antes do nosso corpo, e que nada poderà superar o que jà conseguimos? Nao sei. Pode ser que eu me esteja a enganar, pode ser que fui eu que permiti ao meu ser de envelhecer dentro sem aproveitar os estimulos exteriores para se tornar mais elastico, para desenvolver maior capacidade de emoçoes... Nao sei. Mas sò me apercebo que as paesagens continuam a escorrer fora do vidro, as cores, os momentos do dia... e jà nenhum encontro me traz a felicidade absurda e total de um linguado na discoteca aos 15 anos, nehuma obra d'arte preenche o espaço onde couberam os desenhos que fazia quando era criança, que nenhum sorriso me parece tao verdadeiro como o das pessoas que me souberam melhor enganar...
E' sò viver e fingir que è assim mesmo.

prova

a....a.... som, um, dois, tres, som...ok!