Juízo do Juiz

4/13/2005

E' Sò Viver e Fingir Que è Assim Mesmo...

Ainda puoco a vontade nesse meio, gostava de fazer uma observaçao sobre um pensamento que me visitou fatalmente este fim de semana e desde entao se instalou permanentemente entre as minhas convicçoes.
O problema è um sò. Independentemente da real diferença que existe entre os lugares onde vivemos e que frequentamos, independentemente da simpatia ou interesse das pessoas que temos a nossa volta e das nossas actividades, independentemente da objectiva maldade, bondade e outras qualidades igualamente rascas das pessoas com quem temos relaçoes amorosas, nao existe nehuma prova pratica de nenhuma das caracteristicas que nos gostamos tanto de distinguir e organizar. Elas simplesmente sao irrelevantes. Sem funçao propria na realidade. Deveriam ser consideradas muito menos de um juizo: mas sò imaginaçao, fantasia, delirio.
A situaçao è na realidade è bem simples. Qualquer seja o lugar onde vivemos, vamos sentir-nos menos em cas do que no anterior. Qualquer que seja a mudança que alcançamos na nossa vida, as alegrias provenientes dessa mudança vao-nos trazer sempre menos alegria "fisica" dos momentos alegres da situaçao anterior. E finalmente, o pior: cada novo amor, por quanto nos alivie dos desastres do passado, por quanto nos cure das inseguranças do anterior, por quanto pareça sempre mais do que os outros aquele para que toda a nossa vida nos guiou, vai sempre ser amado menos do que os outros.
Nao ha melhor ou pior, e se houvesse, nunca poderiamos ser nos a manipular a nossa felicidade em funçao disso. E' muito mais simples. E'-se sempre menos feliz, e ama-se sempre menos.
Qual è a conclusao que tiro disso? Nenhuma. Como sebreviver sabendo que nos gastamos dentro muito antes do nosso corpo, e que nada poderà superar o que jà conseguimos? Nao sei. Pode ser que eu me esteja a enganar, pode ser que fui eu que permiti ao meu ser de envelhecer dentro sem aproveitar os estimulos exteriores para se tornar mais elastico, para desenvolver maior capacidade de emoçoes... Nao sei. Mas sò me apercebo que as paesagens continuam a escorrer fora do vidro, as cores, os momentos do dia... e jà nenhum encontro me traz a felicidade absurda e total de um linguado na discoteca aos 15 anos, nehuma obra d'arte preenche o espaço onde couberam os desenhos que fazia quando era criança, que nenhum sorriso me parece tao verdadeiro como o das pessoas que me souberam melhor enganar...
E' sò viver e fingir que è assim mesmo.

3 Sentenças

Blogger Juíz disse

Antes de mais bem-vinda ao meu ex-blog, agora NOSSO blog. Quanto ao post, noto aí alguma melancolia em relação ao passado, algo q nao me surpreende nada, em ti...tu pareces uma encarnação de alguem dos late sixties early seventies...és rivivalista, desprezas as novas técnicas, tecnologias, musicas.... e é por isso q te adoro, e eles q se fodam todos. Mais uma vez bem-vinda

3:44 da tarde  
Blogger self-appointed disse

Obrigada... Que fixe! o NOSSO blog!!! De qualquer forma eu nao despreZo assim tantas coisas como tu possas pensar, ou entao tou a mudar, n sei. Mas acabando a conversa sobre as emoçoes no sexo, jà reparaste que com os anos temos sempre de fazer algo mais e mais obsceno no sexo? isso è porque jà nao nos chega, a nossa sensibilidade fica adormecida. Quando somos pequenos e estamos a começar somos tao quidadosos e suaves porque jà sò isso nos excita louucamente. agora cada vez menos coisas nos excitam, e nada loucaente. Isso è que è a cena. Ta tudo perdido.

3:48 da tarde  
Blogger Juíz disse

Pà....Anna...es uma tarada...que posso eu fazer?? a mim tudo me excita como dantes, mas isso é a mim que sou um rapaz cheio de tesao... Faço-te este comentario de veneza, com o triste sentimento de que nao vieste ter comigo...mas eu compreendo estas longe, a 300km (nao a 500 como disseste)... Beijos... What da fuck you say?

11:19 da tarde  

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