Juízo do Juiz

1/29/2007

Andrógeno (ou talvez não)...

Não conseguia adormecer, e os sonhos instiam em não me presentear com a sua intensidade. Vesti as calças por cima da pele nua, e um casaco de malha, sem mais nada por baixo. Fui para a rua húmida que reflectia uma ténue luz amarelada, e entrei num bar escuro onde cheirava a cigarros, whiskey barato e promiscuídade. Sentia-me bem ali.
Foi assim que conheci Mara.
Falámos por alguns momentos, bebemos, dançámos.
Fomos para minha casa.
A luz começava a ficar mais forte, as nuvens pesadas e cinzentas que outrora eram o quadro que pintava o céu começaram a desvanecer como que ficando diluídas pela sua própria água.
Acordei já o dia ia a meio, com um rapariga nos meus lençois carmins, e outra na poltrona, nuas.
Não sei os nomes delas, mas foi assim que conheci Mara, foi assim que me conheci...