Juízo do Juiz

3/04/2011

Ela saiu de casa

desesperada, acendeu um cigarro e andou rapidamente dali para fora!

"O que se passou ali?", pensou. Não sabia, não se lembrava, só queria ir para casa, para a sua casa. Entrou na estação de metro e foi comprar o bilhete. As mão tremiam-lhe enquanto enfiava as moedas pela ranhura. O som metálico do troco a cair na pequena gaveta de metal da máquina, ecoava-lhe pelo ouvidos.

Entrou no metro e sentou-se, mãos entre os joelhos, olhos no chão.

"Mas que caralho e terá passado ali?", era a interrogação que não lhe saía do pensamento, que girava na sua cabeça como a mó do moinho. O metro andava pelo túnel escuro, parecia circular pela labiríntica escura teia das suas memórias.

Saiu do metro, subiu para a superfície. Os olhos doeram com a claridade. Não estava um dia particularmente soalheiro, mas era uma manhã de um cinzento claro, brilhante, ofuscante para quem entrou no metro ainda pelo nascer do dia. Não estava a chover mas havia muita humidade no ar. O asfalto estava ligeiramente molhado do orvalho.

Caminhava pelo passeio, na avenida que lentamente se ia enchendo de transeuntes. "Qual era a sua história? Será que eles imaginam a minha?, pensou - É engraçado como quando passas por alguém na rua não fazes ideia quem é aquela pessoa. Confias a tua decisão a detalhes que pouco importam, como a roupa. Vês alguém de fato e gravata, sentes-te seguro. Acabou de violar e matar um rapaz. Vês alguém com roupas que consideras "chunga" e tens medo, agarras a tua mala com força. Passou a noite num banco alimentar a dar sopa aos pobres.

"Que raio sabes tu sobre alguém pela sua roupa? O que será que imaginam de mim com a minha roupa? Será que imaginam que acordei naquele sítio?"

Abre a porta do prédio e entra. A porta chia suavemente. Começa a subir os degraus, que rangem a cada pisadela, e estalam quando são libertos. Abre a porta.

O quarto é grande, mas escuro. A luz provém de dois candeeiros, colocados nas extremidades do quarto. O quarto quase não está mobilado, com a excepção de uma cama de estrado baixo, com lençóis de seda pretos e vermelhos, e um guarda fatos de madeira, com ar antigo, e com um enorme espelho.

Haviam garrafas espalhadas pelo quarto. Garrafas cheias, garrafas vazias, garrafas a meio, garrafas de uísque, de conhaque, de gim, de vinho e licores.

...acendeu um cigarro e andou rapidamente dali para fora!

"Foda-se!! Mas o que é que se passou ali, caralho?"

5 Sentenças

Anonymous Anónimo disse

Fónix...
Primeiro, juiz não tem acento agudo.
Depois, não é 'haviam', 'havia garrafas'...

A.M.

5:03 da tarde  
Blogger Juíz disse

Bem vindo, Anónimo. Obrigado por reparar que juiz não tem acento agudo, não foi o primeiro, nem será o último - qualquer pessoa com atenção irá reparar. É certo que por vezes dou as minhas calinadas, fruto de escrever espontaneamente e de não submeter o texto a um corrector ortográfico. Mas mesmo assim, confesso que sempre tive essa dúvida. Obrigado pela correcção. Já agora, "Fónix" não existe, é "foda-se".

5:51 da tarde  
Anonymous livestock exports disse

It kind of feels that you are doing any distinctive trick.

---------------------------
cattle exports | livestock exports | beef exports

12:57 da tarde  
Anonymous Anónimo disse

Hi, I do belіeve thіs iѕ a gгеat blog.
I stumbleduρon іt ;) I'm going to revisit yet again since i have saved as a favorite it. Money and freedom is the greatest way to change, may you be rich and continue to help other people.
My blog :: V2 Cigs Reviews

2:09 da manhã  
Anonymous Anónimo disse

Its liκe you read my mind! You аppear to know sο muсh about thiѕ, like
you wгote the bοok in it or
ѕomething. I thinκ that you could do with a few pics tο ԁrivе the message
home a little bit, but instead of that, this іs
fantastіc blog. A great reaԁ. I'll certainly be back.

Here is my web-site - v2 cigs Reviews

12:51 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home