Golos e orgasmos
Tudo começa com conversas parvas, insinuações sexuais que, se forem correspondidas, vão dando lugar a insinuações mais objectivas, objectividade que vai tirando o carácter de insinuação.
Até que chega a prova dos 9, o tudo ou nada, o “desculpa” ou o golo, o orgasmo.
Assim saiu Abel de sua casa, a caminho da casa de Lara. Abel é um ser vicioso, fuma, bebe, joga e o seu maior vício é o adultério. Para sua sorte Lara é também viciada em adultérios.
Abel vai ter hoje a prova dos 9, será que Lara tem mais para oferecer do que conversa, será que transforma as suas palavras em actos? Para o bem-estar de ambos seria agradável que sim...
Portanto Abel caminha rumo a casa de Lara, borboletas esvoaçam em seu ventre, e leva-o já ligeiramente teso, antevendo a tarde sexual que vai ter. Será que ela leva no cu, engole? São perguntas que vão sendo feitas imaginariamente na sua cabeça.
Lara, em sua casa, espera também algo nervosa, será que ele virá, é a pergunta que faz a si mesma.
A campainha toca.
Reacções químicas dão-se no interior do corpo de ambos, a tensão aumenta, Abel entra. Sorrisos nervoso aparecem na cara de ambos.
“Não esperava que viesses”, atira Lara nervosamente. “Disse-te que viria”, responde Abel disfarçando a insegurança, tentando parecer descontraído. “ Então vamos para onde?”, “Lá para cima para o meu quarto”, diz Lara.
As equipas entram em campo, e dá-se o início da partida.
Lara já está nua da cintura para cima e Abel lambe-lhe suavemente os duros mamilos. Abel sabe que tem assaltar-lhe o cofre. Mete-lhe o dedo no clítoris, 3 para a esquerda, 7 para a direita, 2 para a esquerda, e, voilá, o cofre abre-se.
Lara despe-lhe as calças e faz-lhe um bico de antologia, ao mesmo tempo que lhe vai batendo uma punheta de sonho, nem ele sabe saber à punheta assim, e pensa em pedir-lhe a receita para tão saborosa rosca. Abel concentra-se para não se vir já.
Abel mete-a de quatro e penetra-a. Ela geme baixinho, mas com fade in, por isso ao fim de 30 segundos os seus gemidos já atingem uns décibeis consideráveis. Está claramente a vir-se, vejam como treme, a puta. Vem-te cabra, pensa Abel.
Aproveita que ela está excitada e lambe os dedos e humedece-lhe o ânus. Enfia-lhe um dedo para fazer o teste. Ela não se queixa e parece gostar. O seu cu é apertadinho, mas vê-se que já não é virgem. Tenta comer-lhe o cu, mas “tentar é falhar com honra”, e ela ri-se mas afasta-se “aí é só para namorados”, diz desavergonhadamente enquanto lhe agarra no caralho e o aboquenha. Desta vez Abel não se acanha e deixa-se jorrar na boca de Lara.
Goloooooooooooooooo.
Quando se vem, Lara bate-lhe aquela punheta que ela tão bem sabe, e ele vem-se como nunca se tinha vindo, sente a alma a sair-lhe do corpo.
Sai de casa de Lara e vai ter com a mulher, Lara vai fazer o jantar para o seu marido.
n.d.a. E assim acaba este texto com influências marcadamente Realistas, sem ir ao extremo do Naturalismo e sem os floreados Ultra-Românticos.
