Juízo do Juiz

6/16/2005

Lullabye

Uma canção de embalar que não é mais do que um feitiço antigo, bruxaria, para uma morte rápida, sem dor, sem sangue, como em Hollywood, como uma morte súbita em recém-nascidos. Uns quantos versos que ditos ou simplesmente pensados, podem levar à morte o seu visado. O que será preciso para lutar contra este tipo de ameaça? Viveremos numa era de silêncio, onde por trás de qualquer ruído se pode esconder esta ameaça, os livros serão queimados porque também eles poderão esconder o terrível poema. As pessoas deixarão de ver televisão, ler jornais, livros, ouvir rádio... Vão andar guardas na rua, não há procura de luz nas janelas, como antigamente, mas sim à escuta, à escuta de ruído. As pessoas pagarão por ruído "limpo", tal como agora se paga a tv cabo, pagarão para ter silêncio, e deixarão de estar "informadas" pelos média.

Nós estamos sempre um passo atrás do acontecimento, quando lemos uma notícia, ela já aconteceu, nos relatos de futebol no rádio, quando o orgasmo do golo sai da boca do locutor, a bola já beijou as redes, até mesmo se virmos em "directo" na televisão, esse "directo" tem alguns segundos de delay...

Lullabye, de Chuck Palahniuk, um conjunto de metáforas sobre as nossas vidas, o "nosso" Mundo, quem somos e para onde vamos, e de onde viemos...

2 Sentenças

Blogger Juíz disse

Errata :

Onde se lê "Lullabye", deve-se ler "Lullaby"

10:23 da manhã  
Blogger self-appointed disse

pois deve, pois deve

9:59 da manhã  

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