Juízo do Juiz

5/03/2005

Anti-rape statement (it's all a façade)

Estás em toda a perte de mim, por todo o lado te vejo, te oiço, te sinto o sabor que me diz "estás perto", e o rádio é a minha única companhia.
Espero, aguardo, anseio por uma alma que me salve, ela passou por aqui mas não me viu, eu vi-a e quem me dera salva-la da sua beleza fatal.

A solidão do alcatrão é igual à minha, de cor azul, fazendo-me lembrar que o céu está perto, mas eu não sei voar, podes me ensinar?
Agita-me antes de usar, usa-me antes de abusar, se ao menos soubesses quem sou, onde estou, se olhasses só uma vez...

Eu sou tão vago como a tua imagem. A beleza é o teu rosto, mas isso é redundante demais... És três acordes simples que compõem uma bela melodia.
O vampiro passou e viu-me, porquê so me vê quem eu menos preciso, quem eu menos quero? Porquê não posso eu dormir com os olhos abertos e falar enquanto sonho? Porquê não consigo expressar-me eu, questionar o meu ser sem recorrer ao "porquê"?

Já que ele regressou resta-me saber o que em mim faltou, terá sido a inspiração da introspecção?
Estou num beco sem saída, abre uma para mim!