Juízo do Juiz

6/29/2005

A puta da culpa

Mai nada, self! Está de facto provadíssimo que a putice, nas suas muitas variantes, é intrínseca ao ser humano e não tê-la ou não a deixar aflorar é ir contra a natureza humana. Não é que isto seja positivo, é só um facto, ela está lá como muitos outros flagelos parasitarios com os quais temos de viver. E consome muita energia tentar dominá-la, mas faz igualmente parte de nós (pelo menos de alguns) esforçarmo-nos por a conter. E é precisamente nos momentos de desiquilibrio de que falaste que ela se manifesta porque nessas alturas a energia está canalizada para outros lados quer seja a lamentarmo-nos que somos uns desgraçados ou a dar asas ao narcisismo que alimenta os nossos egos, dependendo de para que lado pende o desiquilibrio. So se torna grave quando inflinge dor a nos proprios ou aos outros. Pelo menos quando nao se merece, porque em caso contrario tambem esta la para nos lembrar o nosso lugar, servindo de penitência e castigo sob a forma de sentimento de culpa. Se nao fossemos todos umas putas, não teriamos de nos sentir culpados, com o remorso a consumir-nos por algo que o nosso alter ego putéfio fez...