Juízo do Juiz

5/13/2005

and in my mind i'm everyone

A melancolia está a fazer-me sombra hoje e em muitas outras noites. É um estado de apatia generalizada, uma dose de heroina que me deixa paralizado e com mil pensamentos por segundo, mas sem mexer um musculo. Parece que estou enturpecido e preso no meu proprio corpo. Parece que o sitio que mais me faz feliz é a minha cabeça, a minha mente, o cenario onde eu desenho os meus sonhos e digo as minhas piadas secas. Qual é o sentido de todo o tempo que desperdiçamos da pior maneira, tendo uma plena consciencia disso? Porque é que tudo o que queremos ser, só o podemos ser em breves momentos, para logo de seguida fecharmos a nossa caixa em forma de coração e voltarmos á realidade negra e pouco apetecida? Ás vezes apetece-me chorar por pena e por dor, mas não o faço por ser demasiado orgulhoso. Sempre pensei que ia ser a nossa geração a acabar com a rigidez/estupidez do modo de vida da maioria dos habitantes do nosso planeta. No entanto estamos demasiado concentrados a destruir as putas das arvores e a matar os animais para satisfazermos os nossos prazeres de predadores furtivos e inconscientes de toda a merda que isso irá provocar no equilibrio do mundo. (desabafo)...
Quantas vezes disseste, eu tenho um trabalho, tenho um carro, tenho uma namorada, tenho amigos, tenho uma casa, mas...falta qualquer coisa, não tenho cigarros! Agora a sério, o que é essa "coisa" que tu sabes que falta, don't fuck me cause i know that you know, o que é? Será liberdade no verdadeiro sentido da palavra? A liberdade que só os malucos têm, que só os doidos conseguem sentir ou não evitar. Os malucos têm desculpa para tudo e por isso são livres, mas quando somos "normais" é muito dificil ter a "coisa" que falta, tu sentes e tu desejas, mas não sabes como preencher essa ausencia. É como cheirares uma cona pela primeira vez (este não é um bom exemplo, e a minha tecla "delete" está estragada) mas é como estar apaixonado, tu sentes mas é uma cena fisica, que se veja, que tu saibas o que é, ou saibas descrever, nao tem padrões, é tão variavel como o tempo. E com isto tudo estou a dispersar-me nas palavras e na ideia, a ideia de que falta qualquer coisa, que pode ser a verdadeira liberdade ou não...Mesmo que esteja feliz, falta-me essa coisa. Essa coisa também poderá ser o resultado da conjugação de todos os tipos de felicidade que podes ter associado ao desconhecido, á aventura, ao furtuito e á loucura saudavel, ao descontrolo e ao reverssivel. Este post enquadra-se n'alguns assuntos anteriormente explorados pelo Juiz e pela Self, e eu julgo que falamos todas da mesma "coisa"...Essa coisa que poderá ser uma simples coisa, mas que eu não consigo definir, apenas sentir que ela existe por força da sua ausencia.
O meu próximo brinde, vai ser um brinde á "coisa"...um brinde ao incognito e ao incerto.

2 Sentenças

Blogger Juíz disse

És um keimado, nunca atinas com as fotos, o problema é que para pôr a tua foto a funcionar fodi a aparencia do blog (não sei como, mas se repararem os posts deixaram de estar centrados e akelas merdas que apareciam logo ao innício num dos lados agora só aparecem lá em baixo no fim da pagina, não me perguntei como nem porquê, mas eu no que toca a html tenho mãos de piça, nakilo que toco, fodo...). Quanto ao teu post a "coisa" que falta é a Bohemia permanente, é a bUbadeira eterna, não-efémera, imortal, porque um bêbado é como uma crinaça de 5 anos, diz e faz tudo aquilo que lhe apetece onde lhe apetce, ultrapassando as barreiras mentais impostas pela sociedade, mais conhecidas por moral e valores, atingindo assim a sua verdadeira liberdade, estando e sentindo-se bem (desde que não vá ao grego)!!!

3:12 da manhã  
Blogger self-appointed disse

Como è verdade, tudo isto. A coisa, a coisa, a coisa que falta. E' mesmo isso que acontece quando se està apaixonado. (Talvèz igual ao estar maluco...)
Nao è questao de estar feliz ou nao, objectivamente.
Nao è questao de poder contar ou nao fisicamente as coisas que possuimos, de forma fisica ou nao, e que completam a nossa vida.
Nem è a liberdade em si, porque quando se possui " a coisa", nos instantes em que parece que ela esteja là (como quando se està apaixonados de fresco), o prazer supremo è tambèm o nao desfrutar da "liberdade", nao ir mais longe. E' uma questao de desejo. Um desejo que nao deve ter justificaçao, porque mais ninguem pode vive-lo da mesma forma que nos. Todo o resto que se deseja è desejado tambem por outros, numa forma ou outra, em paralelo. Este "algo" nao. Nao pode ser dito por mais ninguem como o diriamos nos, e ao mesmo tempo, dizendo as mesmas palavras que dizem os outros, nao estamos nunca a falar das mesmas coisas. Bom. Jà estou a entrar na banalidade mais profunda.
Por isso, para fazer deste comentario algo ainda mais "rasca", vou acrescentar que essa coisa nao me falta ou
1-quando estou apaixonada mas ainda nao fodi
ou
2-quando tou a conseguir fazer dieta, pesei-me, tou com 56 kilos, posso comer mas "nao tenho vontade"
Acho que jà toquei o fundo do rasca,
aabo aqui.

6:07 da tarde  

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