Juízo do Juiz

12/27/2005

O regresso da arte

Nesta manhã o sol nasceu envergonhado, escondendo-se em cada esquina, por detrás de inóspitas nuvens elefantes. Os gatos espreitam, lançando os seus olhares de vidro, protegidos por um ténue vidro que os separa do deserto incerto. A música écoa pelas ruas desertas. Temos todos culpa, do infinito sereno que se espalha pela nostalgia da existência, por vales de acordes soltos de uma melodia Futurista, onde o tempo não interessa, só tu! Não me sigas, escolhe o teu próprio caminho, hipócrita, como quiseram fazer de Marinneti. Abaixo as pontes, as ruas, os carros, as casas, e tudo onde escreveram o teu nome, que nos faz "lembrar que o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura." Não me tirem o poder de sonhar, da ilusão, da dimensão dos meus gestos. Em meu sonho és princesa, mas quando eu sou rei tu serás sempre a primeira a ser julgada, e presumivelmente culpada até prova em contrário, porque "tu o fazes a ti própria, fazes, e é isso que realmente magoa..."

2 Sentenças

Blogger Proder disse

Para nos lembrar que este post é um ornato quando nele julgamos ver uma cabeça de rádio.

4:10 da manhã  
Anonymous Anónimo disse

Gosto muito dessa do quando és rei serás a primeira a ser julgada... acho que é uma ideia mesmo fixe. Traduz uma ideia de ... "espera, que um dia ter-te-ei na mão (outra vez?" ...

Belo textinho
Abraço

5:43 da manhã  

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